quarta-feira, 4 de março de 2015

Bom dia, bom dia, bom dia! Bem-vindos ao consultório sentimental/espiritual/e mais algum al que haja, de Ismael Sousa!

Sim, é isso mesmo. Esta noite passei-a muito mal, terrivelmente mal, a dormir que nem um anjinho. E neste meu estado de dormição de cinco horinhas (sim que o dia é belo demais para passar a manhã toda a dormir) tive uma revelação: "Ismael Sousa, está na altura de fazeres algo útil para a sociedade. Já chega de andares a dormir, na boa vida e nisso tudo e põe-te a fazer algo de útil". Ora, eu, no meu dormir angelical, acordei sobressaltado, ou não, com esta revelação. "Eu? Fazer o quê? Sociedade? Epah, ó consciência, isto é muito cedo para mim, acabei de acordar, a gente logo pensa nisso!" E com a mesma fugacidade, fechei os olhos, virei-me na cama e ferrei o galho... Ou não! Lá chegou o "ET" com agulhas, agulhinhas e agulhões, com termómetros, soros, máquinas para sei lá eu para quê (saber até sei, mas não sei o nome) e, pumba, lá vai o sono procurar outra cama, cansado que está de ser perturbado na minha!

Como o sono me abandonou, restou-me a consciência. Ora, essa, não deixa ninguém dormir quando põe alguma coisa na cabeça... Mas eu não me importo que ela pense, simplesmente que não perturbe. Mas é claro, achou que eu sou um lambão, que só estou bem na boa vida e mais não sei quantos e, toca a importunar-me a vida! Levantei-me, xixi para o copo e voltei para a cama, decidido a pensar numa solução para calar a consciência.

Primeiro pensei: vou fazer graffiti's com mensagens fortes...
"Não sabes desenhar, parvo!" - retorquiu-me a consciência com aquela sua vozinha tão irritante.
"Então vou fazer um programa de rádio!"
"E quem é que te quer ouvir?"
"Palhaço?"
"Não há circo na cidade!"
"Então que sugeres que eu faça? Tu é que me importunas com essa ideia do fazer algo útil!"
"Faz o que sabes fazer: falar!"
Ora, agora é que foi. Parva, estúpida! Importunas-me com as tuas ideias e depois ainda mandas indirectas. Levantei-me revoltado. A bomba dos soros ia caindo e tudo! Mas depois fez-se-me luz:
"É isso, vou abrir um consultório sentimental... Melhor, espiritual... Ou os dois?
"E pessoal, não?"
"Sim, também pode ser."
"Vais o quê? Abananaste de vez, Ismael José!"

Mas havia encontrado a resposta. Saltei para a cama, e contei todo o projecto que em cinco minutos me veio à cabeça: "ponho-me à disposição das pessoas, para as ouvir, falar com elas, aconselhar no que souber. Assim, estou a fazer algo útil, não? Pensa comigo: não preciso sair de casa, só vem até mim quem quer e estou a tornar-me útil!" A consciência calou-se! É claro que eu sou mais matreiro... Ora, quem quer ouvir disparates de um louco? Quem quer saber das opiniões de um palhaço? Ninguém! Está claro! Mas para já consegui calar a consciência e tentar dormir mais um pouco. E mal me acabo de virar, já está ela aos coices: "Estás à espera de que? Põe-te a trabalhar! As coisas não se fazem sozinhas, ou vais deixar mais uma coisa para amanhã? Vá, vá, agarra-te ao trabalho!"

Ok, ganhas-te! Peguei então no iPad e pus-me ao trabalho... Ou melhor, a consciência pensa que é trabalho, mas na verdade sou só eu a partilhar convosco a aventura desta manhã. E para ela não me importunar mais, aqui vai:
---------"Bem-vindos ao consultório "Estórias do Coração" onde sairá melhor do que entrou!
Prometemos-lhe um sorriso pela manhã, uma gargalhada pela tarde,
um brilho nos olhos pela noite!"---------

E pronto, a consciência já se calou, o pequeno-almoço já chegou e já não há mais descanso pela manhã. E no meio disto tudo o que importou? Olhem, nada. Que continuo a ser o mesmo palhaço de sempre, sempre disponível a fazer brotar sorrisos e brilhos nos olhos. O mesmo ouvinte e confidente de sempre.
E já agora, deixo o primeiro conselho do meu consultório novo (a consciência está a espreitar-me para o iPad): SORRIAM MUCAMBUZIOS! A vida é mais fácil levada a rir, com sorrisos, palavras meigas, gargalhadas e brilhos nos olhos! Sejam felizes!

Xau, xau, que tenho ali o croissant à minha espera, o café a arrefecer e o "ET" comigo debaixo de olho... Consciência, ficas na cama! Beijos, abraços e muitos palhaços e vivam as vossas Estórias no meio da História!

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